5 anos de princesa mais nova!

26.2.14
Faz 5 anos, perdeu o 1º  dente ontem, é a mais nova de 4 irmãs e já quer ser grande. Já sabe as letras e um dia destes está a ler, adora dançar, andar na trotinette e ver os Nutriventures no ZigZag. A I. é a minha filha  mais nova, doce e fofinha, que às vezes faz as birras maiores do mundo mas também as mais lindas. Que tem uma imaginação gigante, adora livros e aprende piano. Que me acompanha nas regas do jardim e nos passeios ao café amarelo. 

Parabéns, querida I., minha princesa linda!


Vida de mãe!

25.2.14
Há 5 anos atrás estava em pleno trabalho de parto, a I. estava quase a nascer! Foi um  momento dos mais intensos e empoderadores na minha vida. Um trabalho de parto lindo e comovente! Uma filha doce e alegre!


Hoje, na vespéra de um dia de aniversário, de uma visita de estudo e de angariação de dinheiro para viagem de finalistas estive duas horas na cozinha a preparar bolo para partilhar com coleguinhas,  lanche/piquenique e salame de chocolate. Vida de mãe, como é diferente cada ano que passa! :)

Ajudada e HugelKultur!

20.2.14
Finalmente reuni as fotos necessárias para vos falar da Ajudada do passado domingo onde terminamos o canteiro de framboesas e construimos o canteiro elevado à moda de Sepp Holzerpermacultor austríaco.

Um canteiro "HugelKultur" pode traduzir-se por cama elevada sem irrigação e não é mais do que construir um canteiro elevado em que se utiliza madeira que já está em processo de decomposição. Este tipo de canteiro é uma versão de "no dig garden bed" mas com algumas diferenças. Retêm humidade,  a sua fertilidade é crescente, pela decomposição da madeira, maximizam a superfície e são excelentes para o cultivo de pequenos frutos, hortícolas e aromáticas.

Lembram-se desta imagem? Na Hortinha da Patela fizemos uma versão um pouco diferente pois construimos um murete em madeira para suportar um dos lados. Além disso, usamos uma forma de construção que simula uns dedos ou as vilosidades do intestino para aumentar a superfície de plantação e exposição solar. No meu curso de Permacultura construimos um grande canteiro neste formato que funcionou muito bem e agora aplico ao meu projecto.

Este tipo de canteiro elevado é muito útil para usar árvores que tenham sido derrubadas por uma tempestade, o que foi o nosso caso. No lugar da estufa estava 3 enormes salgueiros que foram derrubados pela tempestade Gong em 19 de Janeiro de 2013. Uma parte foi usada para queimar e outra para construir este canteiro o que vai permitir sequestrar uma parte do carbono emitido pela nossa chaminé. Para mais informações sigam este link do site da Permacultura no Reino Unido.

Para este dia contamos com a ajuda de alguns amigos que foram fundamentais para a conclusão do canteiro. Sem esta ajuda preciosa não teriamos conseguido e estou muito grata pelo braços extra neste dia!

O dia começou com a preparação dos materiais e ferramentas enquanto a mais nova fazia o aquecimento de trotinette. A manhã estava fria e os raios de sol ainda não tinham chegado à Hortinha. Começou a chegar a ajuda, ainda tímida pelo frio, mas logo se aqueceu com a tarefa de retirar o tapete de gramão no terreno já marcado. As dimensões do canteiro são 3,40 m de comprimento por 1,20 m de largura, com uma profundidade de cerca de 50 com e altura de 40 cm.

Pela hora do almoço o trabalho de cavar já ia adiantado e o canteiro de framboesas já tinha os cavaletes montados também. E como estava um dia de sol tão bom almoçou-se ao ar livre, a carregar as baterias para compensar deste Inverno tão chuvoso e sombrio. A ementa foi variada e passou-se um belo momento de alegre partilha de conversa e brincadeiras. Até houve tempo para colegas de coro ensaiarem aquela peça já para a Páscoa.


Depois do almoço, com tanta energia tudo se acelerou. Terminou-se de cavar e começou a montagem do murete em madeira ao mesmo tempo que se ia ensaiando a colocação dos troncos e raízes dos salgueiros. Colocou-se um plástico junto à madeira para aumentar a longevidade desta pelo facto de não estar em contacto com a terra húmida.



 A montagem do canteiro foi continuando com a adição de galhos de madeira, o gramão retirado e  composto. Por cima do composto colocou-se a terra que se tinha cavado até se atingir a altura pretendida. Depois cobriu-se com cartão para prevenir a erosão pela chuva e servir de cobertura (mulching) para evitar o aparecimento de ervas daninhas.  E como o dia já ia adiantado ficou-se por aqui. 

Foi um dia duro de trabalho porque o terreno não estava fácil de cavar. É terreno um pouco argiloso e ainda cheio de pedras e entulho (pedaços de azulejo, tijolo, cimento, tubos, etc) que foi enterrado no tempo da obra de construção da casa.




 Dois dias depois já com o cartão molhado da chuva fez-se uma cobertura de palha que ajuda a manter a humidade no cartão e irá proteger as plantinhas que iremos plantar no canteiro. A palha cria um microclima junto à pequena planta protegendo do vento e aumentando a temperatura junto à raiz. A cobertura poderia ter sido feita com folhas secas mas como já não temos nesta altura optamos pela palha.

Irei partilhando o progresso da plantação no canteiro e o comportamento do canteiro ao longo do tempo. Estou em pulgas para encher este canteiro, para já irei plantar morangos, algumas aromáticas,  flores comestíveis como a capuchinha e algumas horticolas (alfaces, cebolinhas, beterraba, ervilha de quebrar). Amanhã é a feira de Oliveirinha e lá estarei a comprar plantinhas, espera-me trabalho no fim de semana :)!







O Sol e a varanda!

19.2.14
Hoje foi o primeiro almoço na varanda de 2014. Tem sido mesmo um Inverno chuvoso em que o Sol não nos mostra a sua cara dias seguidos. E por isso, hoje foi dia de aproveitar e abrir a época dos almoços na varanda. O menu foi ligeiro mas guarnecido com uma bela colheita de salada (alface, espinafre, folha de beterraba, rucola) da estufa. 

Cada dia é um prazer ir à estufa e colher os verdes para a mesa. Os dias estão maiores e isso já se nota no crescimento das plantas, das sementeiras e das estacas de aromáticas. 
A estufa está mesmo a ser uma aventura agradável e quente, hoje descurei a ventilação e o termómetro atingiu os 28 ºC para desespero dos bróculos, couve flor e couve de bruxelas que estavam com um ar murcho. Foi preciso dar-lhes um cheirinho de humidade com a ajuda da mangueira para arrebitarem. 

Parece que volta a chuva amanhã mas não me importo, carreguei as baterias hoje!


Boa noite!

17.2.14
Há noites assim que passo pelas três camas para dizer boa noite! A uma conto a história da Carochinha depois de finalmente a conseguir sossegar na cama, a outra tento sossegar a ansiedade do teste de Matemática já amanhã e finalmente, a H., um pouco mais relaxada já que acabou a 1ª leva de testes deste trimestre. Em todas as camas podia ficar e adormecer, a ouvi-las, a cheirá-las, a senti-las. Há dias em que estou muito cansada e estas voltas me deixam à beira de um ataque de nervos. Hoje foi uma boa noite, docinha, fofinha, como a L. diz. 

Guardo estes momentos no coração porque sei que um dia vou ter muitas saudades destas boas noites. Até lá, vou distribuindo mimos em beijinhos e abracinhos!


Cheiros de infância!

15.2.14
Sou uma mulher de cheiros, quero com isto dizer, que tenho bom nariz e uma memória de cheiros que nunca mais acaba. Cada cheiro, cada aroma, me transporta para um momento, um sitio, uma pessoa, uma casa, um jardim, um passeio.

Mas os que me transportam mais no tempo são os da infância, aqueles que me levam novamente à casa da mãe, ao jardim, aos passeios até à casa da avó ou à missa no Domingo, à comida!

Hoje que a chuva nos deu tréguas fomos dar um passeio aqui pelas redondezas e trouxe uns ramos de mimosas. O cheiro das flores nas jarra da sala levou-me logo aos passeios pela mão da minha mãe pelo Monte de Sta Quitéria acima até ao Santuário, passando em cada capelinha onde se representa a história desta santa mártir. 
As mimosas em flor que coloriam tudo de amarelo eram também o sinal que o Carnaval estava próximo e que a Primavera se anunciava. 

Celebração!

12.2.14
O domingo passado foi de celebração, a festa de aniversário da Mulher que me deu ao mundo, a minha Mãe. Já passou as 7 décadas mas ainda tem muito para dar às netas e sei que gostaria de as ver crescidas e felizes na vida. Tal como desejou para as filhas.
Apesar da chuva e do vento passou-se um bom dia, caseiro e confortável, nos mimos da cozinha da mãe. Nada melhor que a comida da minha mãe para me aquecer o coração :)
A cada uma das minhas filhas sempre relatei o passar do tempo, os meses, as estações, usando as datas das celebrações. Assim, começamos o ano com a Festa de Ano Novo, depois o aniversário das avós, o Carnaval, o aniversário da mais nova, o aniversário do avô, a Feira de Março, a Páscoa, o aniversário da mãe, da filha mais velha, as férias e o Verão,  o aniversário da filha do meio e por ai fora até ao Natal. Sempre resultou e continuo a falar do tempo que passa assim, a falar de celebrações. Não acham que é a melhor forma de falar do tempo que passa e que vem?

Ajudada/Permablitz

10.2.14
O Projecto da Hortinha da Patela começa a passar do papel ao terreno. Em Novembro foi a construção da estufa. Esta estrutura tem-nos permitido cultivar e colher apesar do Inverno rigoroso que temos tido. Já comemos belas saladas e todos os 15 dias plantamos/semeamos novas plantas. Nos primeiros temporais intensos na altura do Natal e Ano Novo dormi mal algumas noites preocupada com a estufa. Nesta última tempestade, foi ainda pior, temi que não aguentasse. Mas ela dança com o vento e nada de mal lhe acontece, tenho de passar a dormir melhor nestas noites.

Depois plantamos as framboesas Polka e as árvores para espaldeirar ainda em Dezembro. Há uma semana iniciamos o novo canteiro de framboesas que serão transplantadas de outro sitio na hortinha. Mas o mau tempo ainda não nos deixou prosseguir embora nos tenha dado oportunidade de recolectar madeira perdida no areal que servirá para para a construção dos canteiros elevados.

Para o próximo domingo prevê-se um dia sem chuva, com boas abertas e queremos construir o nosso canteiro elevado à moda de Sepp Holzer, ou seja, Hugelkultur. Como precisamos da vossa ajuda organizamos uma Ajudada ou no conceito de permacultura, um Permablitz.



Ajudada é: Auxílio, que a um agricultor dão muitos outros, em qualquer trabalho de campo.

Dado que este projecto se baseia na Permacultura também lhe podemos chamar Permablitz que se pode definir como um encontro informal em que um grupo de pessoas se junta com o objectivo de criar jardins comestiveis, partilhar conhecimentos relacionados com a permacultura e estilo de vida sustentável, criação de comunidade e claro está, divertir-se!

Então, pessoas ai, é assim:

Domingo, 16 de Fevereiro, Ajudada na Hortinha da Patela das 10h às 17h. O almoço será em formato cada um traz o seu e partilha mas nós damos a sopa e o chá. 

No momento da chegada apresentarei o design do projecto da Hortinha da Patela. Os trabalhos previstos são:
  • Construção e plantação de um canteiro de framboesas,
  • Construção e plantação de canteiro elevado com base no conceito de HugelKultur.
Todos são bem-vindos mas de forma a rentabilizar os trabalhos é necessário fazer inscrição que será limitada a 10 ajudadores. Os ajudadores podem trazer a família, as crianças são bem vindas.

Inscrições para maria@mjvalinhas.com/965615501.







A arte de não fazer nada!

4.2.14
Os italianos chamam-lhe o "dolce fare niente", em alguns dicionários o significado é ócio, descanso, sossego... Para alguns é preciso, para outros é preguiça! Para mim ...  é complicado.

Sou mulher do fazer (já repararam que faz parte da organização do blog?), sou a formiguinha e custa-me ser a cigarra. Pior, faz-me confusão ver os outros que me rodeiam ser a cigarra. E, às vezes, zango-me com isso... Humpf!

Mas o que é isso de não fazer nada?? ficar quieto sem mexer e limitar os pensamentos ao máximo? ficar à frente da lareira a lagartar e a ver um filme? ficar no quentinho da cama a ler ou ouvir música? ler aquela história grande à mais nova?

Para  mim, às vezes é fazer o que me apetece como o sábado passado em que sai de casa às 11 horas e só regressei às 18 horas. Sai com a mais nova e quebrei com a rotina de fazer ao fim de semana o que não se tem tempo na semana na casa e na hortinha. Fui almoçar a pizza preferida há 25 anos, fui folhear os livros na livraria, dei um saltinho aos saldos e encontrei a um preço muito bom aquela carteira sonhada há dois meses e ainda fui dar meia de conversa e não de agulhas ao encontro mensal de tricot das Tricotadeiras. Eu e a I. chegamos contentes a casa, o nosso dia correu tão bem.
Outras vezes, é o corpo que pede e fica doente como a dizer: fica quieta. Nem sempre me dou conta que precisamos de dar tempo para interiorizar emoções, sentimentos. E é nessa altura que aparece aquela dor inflamatória no joelho que me limita/impede de fazer e só me resta render-me a mim mesma e confiar que a família segue com a sua vida mesmo sem a mãe a controlar ;)
Nestas alturas lembro-me das doenças das crianças que surgem agudas, com febres altas que as fazem parar e quando tudo passa,  deram um salto de crescimento, no tamanho e na atitude.

E para vocês, o que é não fazer nada?


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