Construção de estufas

No projecto da Hortinha da Patela há lugar para uma estufa que vai permitir a reprodução de aromáticas e suculentas e fazer sementeiras precoces na Primavera. Assim, abrimos a Hortinha a quem quiser aprender connosco e com o Miguel Abelho como se constroi uma estufa durável e resistente mas com pouco dinheiro usando, sempre que possivel, materiais reciclados. Vem aprender connosco e ajudar na implementação do projecto da Hortinha da Patela!

As estufas permitem aumentar o período de cultivo de plantas hortícolas quer no Outono com colheitas mais tardias quer no fim do Inverno com sementeiras precoces. Além disso, também protegem as aromáticas ou ornamentais mais sensíveis ao frio e chuva.

Nesta oficina ensina-se a planear, dimensionar e a construir uma estufa “low cost” utilizando materiais acessíveis e reciclados.
Durante este dia aprende-se a encontrar a melhor localização e orientação de acordo com a exposição ao sol e ao vento. Vai construir-se um poli-túnel com cerca de 6 metros e aprender a esticar e a manter a manga plástica em bom estado. Serão também abordadas as melhores formas de regular o arejamento e a temperatura dentro da estufa.

Quando?

17 de Novembro 2013

Valor: 25€

Inscrições:  maria@mjvalinhas ou 965615501, são consideradas por ordem de chegada após recepção de pagamento.

Os participantes devem trazer roupa prática, calçado fechado, luvas (se possível), chapéu, almoço piquenique para partilhar. Serão servidos chá, pão e compotas nos intervalos.

Dias cheios!

Por aqui, os dias tem sido cheios e não sobra tempo para vir aqui "falar" sobre o que se passa. O projecto da Hortinha avança...devagar para mim. Mas os dias tem sido cheios porque além da Hortinha tenho as filhas para maternar. E há dias onde já não sei onde começa e acaba o tempo para mim, para ser mãe, para ser mulher, para ser profissional e também filha. E há dias em que me apetece mandar tudo para o alto e não fazer nada! Fico empancada mas não desisto. Um dia atrás do outro. Um dia vou conseguir gerir tudo na perfeição...ou talvez não...

Na semana passada, o K., companheiro destas andanças e pai da mais nova, viajou até à sua terra, a Polónia e pronto, toca a assumir a casa  e a família por inteiro. Mais as obras que continuam a conta gotas...  E  preparar as aulas e os workshops. Enfim, não me queixo, gosto do que faço mas não sobrou tempo para vir aqui.

Ah! também houve motivo para celebrar. O correio trouxe-me o certificado do meu Curso da Royal Horticultural Society.  Muitas horas de estudo à distância, 8 exames, upgrade de jardineira e horticultora, agora diplomada!

Esta semana que passou houve obras, viagens, certificados, construção de wc seco, limpeza de terreno e abate de árvores. Como já disse, foram dias cheios!

Sementes de Portugal +

Há esperança no futuro das sementes quando encontramos um projecto muito interessante para a flora autóctone:
Sementes de Portugal
e uma notícia que mostra o interesse dos chefes na semente como o inicio dos melhores ingredientes para cozinhar:
Sementes, o futuro do sabor
Os dois links repescados do blog da Fernanda Botelho.

E um evento sobre a semente já no próximo mês de Novembro com organização da Colher para Semear, da Aldeia e Câmara Municipal de Vimioso. Não poderei ir mas espero para ler o que lá se passou e falou.

De onde venho?

Tudo começou há quarenta e sete anos num dia um pouco chuvoso de Outubro, tal como foi hoje. Nesse dia foi o casamento dos meus pais, em pequena gostava de folhear o álbum das fotografias e ficar a olhar para os chapéus da época, para a elegância do meu pai e minha mãe, para o véu comprido que ela levava e para o bolo,  adorável, em andares com umas pombinhas no cimo.

De tanto ser mãe às vezes esqueço-me que também sou filha e que vim dali, do pai e da mãe. Hoje as 3 gerações celebraram o aniversário do casamento com um bolo singelo mas feito com amor. As netas mais entusiasmadas que os avós que, isto de estar perto da meia centena de anos juntos traz algum desgaste. Hoje lembrei-me de onde venho!

Postal no correio!

Podem chamar-me antiquada mas adoro receber correio, aquele que se tira da caixa do correio. Na minha adolescência tinha "pen pals", lembram-se? Correspondia-me com duas italianas. Além disso tinha a melhor amiga que morava longe e trocavamos cartas nas férias escolares, tinha a outra que morava em Lisboa, outras vezes os namoricos. Ainda tenho duas caixas de sapatos cheias de cartas desse tempo. Depois com a Universidade a correspondência abrandou, a vida era tão intensa que havia pouco espaço para escrever.

Já muito mais tarde aderi ao Postcrossing e voltei a receber postais vindos de todo o lado, China, Japão, USA, Alemanha, .... Já aqui falei da alegria de receber o correio mas hoje tive uma alegria especial. Recebi um postal da Dinamarca mas de um amigo, o que sabe muito melhor.

Conhecemos o Félix há dois anos no Natal porque a pedido do CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) acolhemos um estudante estrangeiro que não ia passar as festas a casa. O Félix é do Gana, tem formação semelhante à minha na área do ambiente, é uma simpatia e contou-nos muita coisa sobre o seu país, até aprendemos a dançar à moda do Gana.

Nesse Natal falei ao telefone com o seu pai e a sua mãe que nos agradeceram termos recebido o seu filho na nossa casa. Depois de Portugal, o Félix foi até à Dinamarca depois de ter passado por mais dois países. Pela Dinamarca continua e desejamos-lhe o maior sucesso na sua vida. E este Natal, iremos ter companhia além da família?

Viver à troca, será possivel?

Ontem foi dia da palestra organizada pelo Aveiro em Transição sobre trocas solidárias. Eram três oradores e tinham experiências diferentes para partilhar. Primeiro, falou a Andresa Salgueiro que partilhou algumas das suas experiências resultantes do seu projecto de viver à troca. È boa comunicadora e foi muito agradável ouvi-la, dá que pensar esta forma de estar na vida. Mais aventuras no seu blog.

A questão que me coloco a mim mesma é se seria possível com uma família como a minha, com 4 crianças viver à troca... É que aqui em casa as contas multiplicam por 1, 2, 3, 4, 5, 6! Ufa!

Há muitos anos que troco/empresto roupa de criança, brinquedos de criança, livros, filmes, plantas, até um berço e mais tarde uma TV por babysitting, mas viver assim? Mas ouvir a Andresa fez-me pensar que posso pensar em mais formas de troca e não há que ter medo de pedir para trocar. Mas como ela disse é mais difícil pedir do que dar... E aí, meus amigos, também tenho dificuldade. Mas ando a aprender, ai isso ando.

O resto da tarde de tertúlia preencheu-se com o Samuel Machado que já tem uma vasta experiência de mercados de trocas com crianças e com a Adriana Simões, da CM Aveiro, que veio falar do Mercadinho de Trocas e Gaivotas em Aveiro, de crianças para crianças. Projectos interessantes num cenário de consumo consciente. 

Nós por aqui já fomos com elas ao Mercadinho de Trocas em Ilhavo e foi um sucesso. Elas escolheram o que levar, organizaram, montaram, venderam, trocaram, compraram. Divertiram-se!

No final da tertúlia, pelo tempo que os oradores nos deram a Aveiro em Transição ofereceu/trocou umas compotas e umas plantas de segurelha. Olha ali a minha geleia de limão, espero que o Samuel goste.

Na Hortinha!

Aos Domingos, as imagens que marcam a semana na Hortinha da Patela!

Espiríto de Outono

Aqui por casa continua-se no espírito do Outono a apreciar a abundância desta estação do ano. Os ultimos tomatinhos cherry da Hortinha são usados na salada com as maçãs que eu e o meu amigo João Paulo respigamos dos campos. Maças deliciosas e bela companhia pelos campos. Fomos à procura de cogumelos e trouxemos maçãs!

Assam-se os pimentos e a beringela que a minha amiga Helena, jardineira e hortaleira de mão cheia, me deu. São da sua horta linda e cheia de abundância!

E comem-se as primeiras castanhas do souto da quinta da amiga Mila, lá para os lados de Sever do Vouga. Um sitio a visitar em breve! Castanhas assadas sempre com um licorzinho a acompanhar para ajudar à digestão, neste caso, Ginja de Óbidos.

Vivam os amigos e a abundância do Outono!

Festa de Outono!

Este foi o resultado de uma tarde bem passada na Quinta da Moita a festejar a chegada do Outono. Depois de tanta chuva o passeio no trilho da Quinta só podia ser de galochas ou para quem não tinha (as crianças crescem depressa e de repente, já não servem) com botas ou sapatilhas mais velhas. 

O programa além do passeio no trilho também contemplava uma troca de compotas, plantas e sementes. Ah! e também houve bolo de aniversário porque calhou ser o aniversário dos promotores do projecto da Quinta da Moita e de mais duas amigas. 

Tertúlia sobre Trocas Solidárias!

Aveiro em Transição, movimento do qual faço parte,  promove uma tertúlia sobre mercados de trocas solidários, um tema bastante pertinente e interessante para os tempos em que vivemos. Será este domingo dia 20 de Outubro, das 15H-17H no "Espaço C", edifício novo adjacente à Capela e Fábrica da Ciênca Viva (entre o Pavilhão do Beira-Mar e Alboi).

Eu vou com a família e levamos caneca para o chá. Ah, também levamos chá de erva princípe.

Estão convidados. Apareçam!

Cantharelus e ovos mexidos!

Sou apreciadora de cogumelos silvestres. Já sabia apanhar duas espécies de cogumelos antes de fazer o meu curso de Técnicos de Micologia (PRODER). Depois de passar pelas aulas e passeios de campo do José Augusto Pais  aprendi mais algumas espécies e a reconhecer aquela que não devemos mesmo comer. Para o conhecimento dos cogumelos é preciso paciência e tempo. Paciência porque são sazonais e tempo para ir para o campo e aprender, com os manuais e com quem saiba mais do que nós. E apanhar para comer só o que se tem 100% certeza! Em  caso de dúvida mais vale olhar, observar, registar e esperar por outra oportunidade.

Os meus cogumelos preferidos são os Cantharelus Cibarius, ou como o povo diz, rapazinhos, crista de galo, etc. Para mim têm um certo sabor fumado e característico, intenso e perfumam qualquer prato.

Esta foto de Cantarelos foi tirada em Janeiro de 2012 na primeira vez que fui apanhar cogumelos com uma amiga conhecedora, a Fabienne da Quinta das Delícias.
Como os que tinha congelados já acabaram há muito comprei à Ambifungi um saco de cantarelos secos com os quais resolvi fazer um "revuelto de setas" ou melhor, ovos mexidos com cantarelos. Usei metade do saco para 4 ovos médios. Os cogumelos foram colocados de molho em água morna durante 1 hora. Depois foram escorridos mas aproveitei a água para usar num risotto.

Salteei os cogumelos num pouco de azeite e juntei os ovos batidos com uma pitada de sal. Após deixar coagular um bocadinho fui mexendo até chegar ao ponto desejado, nem pouco nem muito passados, médio.

O resultado está à vista e foi um sucesso. Todos gostaram e terei brevemente de fazer com o resto do saco. E por ai, quem se lança aos cogumelos?

Do fim de semana!

Depois de uma semana cheia de trabalho em preparativos, experiências e aprendizagem chegou a hora de ir de encontro à gente. E no sábado, bem cedo lá fui para as Jornadas da ASPEA no Parque Biológico de Gaia. O Sol estava a nascer e proporcionou-me um belo amanhecer, não acham?

Nas Jornadas  aprendi umas dicas sobre fotografia da natureza com o fotógrafo João Luis Teixeira. Gostei do seu lado prático para ensinar especialmente do momento em que nos fez deitar  no chão para verificarmos como mudava a perspectiva na fotografia.

Chegou a hora da minha oficina de propagação de plantas suculentas. Foi uma hora e meia que passou a correr entre explicar o que são suculentas, como se cuidam e como se multiplicam. No final todos puseram as mãos na terra e levaram as suas plantinhas para cuidar.

Mas o dia ainda não tinha acabado e fui ouvir duas lindas mulheres galegas a contar contos para as crianças como forma de despertar a consciência ambiental e a ligação com a Natureza. Adoro ouvir galego, deve ser a minha costela galega (sou neta de um galego de Ourense, pois!).

Inspirada pelos contos e música lá fui apresentar a minha comunicação sobre jardins sustentáveis e comestíveis. As borboletas no estômago rapidamente desapareceram, é tão bom podermos falar do que acreditamos, do que nos move no dia a dia. Partilho convosco a apresentação aqui.

No auditório onde foram feitas as comunicações estavam umas decorações bonitas, simples a lembrar o Outono e com elementos naturais da Quinta. Ora vejam lá se não resultou
bem? Sempre tiro fotos para futuras inspirações.

E para terminar o dia ainda fui ouvir o Marco Ferraz da Ambieduca falar sobre produção de cogumelos em borra de café. Foi interessante e fiquei com ideia de experimentar em casa. Mais um projecto de experimentação para a lista!  Trouxe uns cogumelos cantarelos secos (rapazinhos na giria popular) que fizeram as delícias da família num "revuelto de setas". Mas sobre isso deixo para um próximo post. Foi um dia em cheio!

Na Hortinha!

Aos Domingos, as imagens que marcam a semana na Hortinha da Patela!

Actividades da Hortinha da Patela

Estas são as actividades da Hortinha da Patela no mês de Outubro. Para Novembro já se preparam mais. Aguardem!

Nas Jornadas vou dinamizar a oficina "Propagar suculentas com Arte" e apresentar uma comunicação sobre o tema "Criar Jardins Sustentáveis e Comestíveis".

Propagar suculentas com Arte

É o nome da oficina que vou dinamizar nas III Jornadas de Art'Ambiente da ASPEA no Parque Biológico de Gaia.

As Suculentas são plantas bonitas e interessantes. Estas plantas requerem pouca água e manutenção para que se mantenham saudáveis por isso são uma boa opção para quem não tem muito tempo ou acha que não tem jeito para as plantas. A propagação das suculentas é fácil e pode-se sempre multiplicar a nossa colecção trazendo uma folhinha ou uma pequena estaca do jardim de um amigo.

Estou em preparação e levo um projecto divertido para os participantes fazerem. O programa das Jornadas é muito interessante e tenho a expectativa de aprender além de ensinar.

Na Hortinha!

Aos Domingos, as imagens que marcam a semana na Hortinha da Patela!